Olá grupo! Ao corrigir o relatório do grupo foi verificado que no desenvolvimento as citações foram apresentadas fora das normas da ABNT. E no plano faltou apresentar os conteúdos procedimentais e atitudinais. [Jeaninne Lang Frazão de Moraes - 16/12/2010 21:29:24]Nome e login:
Anne Elise Linhares Rodrigues - 281524
Aricélia Araújo Sanches - 302602
Ellen Cristina Silva Pires - 295857
Josiane Mara Ayala Cantero -257546
Grupo: Educador faça a diferença
Campo Grande, MS.
Relatório de regência nos anos iniciais do Ensino Fundamental
INTRODUÇÃO
O presente relatório visa relatar as atividades desenvolvidas durante o Estágio Supervisionado III (Anos Iniciais do Ensino Fundamental). Essa prática em sala de aula busca fortalecer a relação entre a teoria e a prática, onde o desenvolvimento de competências profissionais implica em utilizar conhecimentos adquiridos, quer na vida acadêmica, profissional e pessoal. Sendo assim, o estágio constitui-se em importante instrumento de conhecimento e de integração do acadêmico na realidade social, econômica e em sua área profissional.
O estágio de regência foi realizado na Escola Nazaré - Educação Infantil e Ensino Fundamental, do dia 20 a 24 de setembro de 2010, com a turma do 3º ano, que conta com 15 alunos frequentes na faixa etária entre oito e nove anos.
Foram realizados diálogos, leitura e interpretações de texto, ditado, resolução de problemas, cartazes, atividades impressas, exercícios com materiais concretos, brinquedos e aula de vídeo.
Para dar fundamento ao relatório e ao plano de ensino foram feitas pesquisas objetivas na revista Nova Escola (jan./2003 e set./2009) e nas obras dos autores Freire (1996) e Morais (2003).
As partes que compõem o relatório são: identificação, introdução, desenvolvimento, considerações finais, referências bibliográficas e plano de ensino.
Os aspectos fundamentais para uma prática educativa de sucesso que resulte num processo eficaz da aprendizagem em séries iniciais do ensino fundamental, bem como para a educação em geral, devem ser ressaltados, para que este sucesso reflita no processo de aprendizagem dos alunos e para que se ampliem as discussões, a fim de conscientizar os educadores, articuladores das políticas educativas e demais interessados sobre a importância do saber ensinar dentro do contexto escolar. Por isso antes de iniciarmos o planejamento, foram feitas observações no campo de estágio para verificarmos o desenvolvimento dos alunos e o trabalho da professora regente, a qual nos tratou com respeito e nos orientou quanto ao processo de ensino-aprendizagem dos alunos.
O ato de ensinar requer exercício constante da reflexão crítica sobre as práticas cotidianas docente, de forma que também é preciso que se esteja inserido no processo de formação, a fim de aprimorar os conhecimentos, buscar novos saberes, aprender novas estratégias de ensino e mecanismos de reflexão.
Sendo assim, segundo Freire (1996) ensinar exige criticidade e ética, pesquisa, humildade, tolerância, segurança do que se fala competência profissional, generosidade e compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo, liberdade de autoridade, querer bem aos educandos e disponibilidade para o diálogo. Mas antes de tudo, ensinar exige do educador saber escutar.
Para ensinar é necessário um envolvimento maior com a prática, que deve ir muito além do que ensinar o que os sistemas de ensino estabelecem nas grades curriculares. Porém, acima de tudo, o educador deve ensinar o que os alunos precisam saber, enquanto sujeitos situados em um determinado momento histórico, buscando assim, despertar neles a consciência política e cidadã.
Durante uma semana o grupo trabalhou em conjunto, revezando-se a cada dia entre as funções de professora e auxiliar. Enquanto uma estagiária ficou com a função de professora titular direcionando as aulas, as outras acadêmicas auxiliavam-na. Elaboramos o planejamento juntas, pesquisando as informações, debatendo os conteúdos onde tudo estivesse bem organizado de tal forma, que não houvesse divergências de informações em sala de aula.
Assim sendo, elaboramos atividades com base no que os discentes estão estudando, conforme a própria professora regente nos orientou. Ao invés de passar o conteúdo na lousa ou trabalhar com o material (apostila) que os alunos utilizam no seu cotidiano, buscamos novas atividades xerocopiadas para que pudéssemos aproveitar ao máximo o tempo e com isso adquirir novos conhecimentos e experiência.
Na disciplina de Língua Portuguesa, um dos objetivos foi levar o aluno a ter o gosto pela leitura e consequentemente aprender a interpretar um texto de maneira simples e prazerosa, por isso a escolha de fábulas que além de trazerem animais como personagens, também ensinam lições de vida. Começando de maneira simples o conteúdo ortográfico escolhemos fazer um ditado de um texto adaptado que eles conhecem e gostam, mostrando posteriormente na lousa às diferenças das frases que tem no final das palavras, as escritas ortográficas (ão e am). Segundo a revista Nova Escola há vários motivos para você ensinar seus alunos a escrever de forma correta. Além de estimular o aprendizado da língua oficial do país, o conhecimento das normas ortográficas ajuda a garotada a superar o medo de se expressar por escrito e, diferentemente do que muitos acreditam, não afeta em nada a criatividade. Ao contrário. No momento em que dominam as palavras com segurança, as crianças não precisam parar a toda hora para verificar a grafia e podem voltar toda a atenção para o desenvolvimento da história. E isso vale desde os primeiros anos do Ensino Fundamental.
Foi explicada a matéria para os alunos de forma que pudessem entender sem acharem que era um “bicho de sete cabeças”, inclusive fizemos um cartaz coletivo utilizando palavras com E e I no final, colocando seu significado como por exemplo “perde e perdi”, fixou-se o mesmo na parede da sala para eventuais consultas feitas pelos alunos. Segundo a revista Nova Escola (jan./2003) o autor Artur Gomes de Morais, defende que é preciso deixar bem claro para os alunos que todas as regras ortográficas são fruto de uma convenção social, de um acordo estabelecido pelos especialistas, cujo objetivo é padronizar a escrita e que, no mundo em que vivemos quem não domina essa convenção é discriminado. “Por isso, não deixe a criança acreditar que vai aprender ‘na hora certa’. Desde os primeiros momentos é papel de o professor ajudá-la a refletir sobre os erros ortográficos”, afirma. “Só assim ela internaliza as regras, que, por ser aparentemente complexas vão desafiá-las por toda a vida”.
Na disciplina de Matemática, muitos estudantes têm medo da mesma, agem como se nunca pudessem aprender, por isso levamos para os alunos problemas do seu cotidiano, de fácil entendimento aproveitando também para trabalhar a interpretação de texto. Ao invés de pedir para que decorassem a tabuada, brincamos com a mesma, fizemos tabelas explorando o que eles gostam como, por exemplo: Quantas rodas tem uma bicicleta, duas bicicletas e assim por diante, com isso fizeram a tabuada do 2 sem perceberem. Fizeram combinações de sanduíches, trabalhando a divisão, adição, subtração e multiplicação, que não foi fácil, mas despertou neles uma vontade de fazer e aprender. Com as tampinhas de refrigerantes, passamos exercícios de divisão com números divisíveis por dois ou quatro para assimilarem como é feito a divisão exata.
È importante trabalhar a multiplicação e divisão desde os primeiros anos do Ensino Fundamental. Problemas envolvendo ambas as situações devem ser explorados em um trabalho continuado que percorra toda a escolaridade. Outra visão que se modificou nos últimos anos diz respeito à segregação do multiplicar e do dividir. Por que tratá-los como etapas diferentes se a ligação entre eles é tão estreita? Conforme a reportagem da revista Nova Escola (set./2009), a idéia é defendida por especialistas de renome como o psicólogo francês Gérard Vergnaud que diferencia o campo aditivo do campo multiplicativo, identificando as particularidades de cada uma das áreas, mas também ressaltando o que elas têm em comum: as operações não são estanques – não se pode descolar a adição da subtração, assim como não se separa a multiplicação da divisão, e não há somente um caminho para solucionar os problemas matemáticos.
As matérias de Geografia, História e Ciências, buscamos interligá-las, trazendo os assuntos sobre “Água e Energia” onde uma disciplina completou a outra, pois o conteúdo abordou tanto a energia eólica (vento), como a energia que funciona através da água (hidrelétricas). Desenvolvemos diálogos importantes para as crianças debaterem, mostrando como acontece o processo de energia elétrica que vem para nossas casas, quais os impactos que trazem para o meio ambiente, trouxemos contas de energia para os alunos observarem como é feito a leitura e como podemos economizar, no consumo da mesma. Levamos para os estudantes, um vídeo de como funciona a Usina Hidrelétrica de Itaipu.
Ensinamos os alunos a fazerem um cata vento de papel, levando-os até o lado de fora para observarem como funciona a energia eólica, além é claro de aprenderem brincando.
Trabalho árduo, estudado e planejado nos mínimos detalhes, que trouxe resultados positivos reforçando os valores de uma boa educação.
Com base no que foi exposto neste relatório, acredita-se que há vários fatores no processo de ensino-aprendizagem que contribuem para o alcance de bons resultados. Estes fatores vão desde a infa-estrutura da escola, do interesse dos alunos até as práticas pedagógicas.
Este estágio nos possibilitou também a compreensão e análise de um bom planejamento, a articulação e reflexão entre a teoria e prática, a posição teórica metodológica do educador, um contato significativo com os alunos onde observamos suas dificuldades, seu desenvolvimento e comportamento dentro da sala de aula, entre outros pontos importantes que acreditamos ser de grande valia para nossa formação.
Não é fácil ser regente de uma sala de aula não sendo a professora titular, onde o aluno, testa a nossa paciência, a nossa capacidade de domínio de sala e faz questionamentos para testar nossos conhecimentos. Em determinados momentos passamos por algumas dificuldades, como no primeiro contato com os alunos, onde tivemos que conquistar a confiança deles e mostrar que apesar de sermos ainda acadêmicas, estávamos ali principalmente para ensinar e aprender com eles.
Assim sendo, o importante é que conseguimos mostrar nosso trabalho e colocamos em prática tudo o que propomos em nosso planejamento.
ARAÚJO, Paulo. É hora de escrever certo. Ed. Abril. Nº 159. Ano XVIII. Janeiro/Fevereiro de 2003. Revista NOVA ESCOLA.
Dossiê Terra: por uma Vida Sustentável no Século XXI, e o especial Energia para o Futuro, publicados em 2009 pela Revista National Geographic.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 29 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GURGEL. Thais. Multiplicação e Divisão já nas séries iniciais. Ed. Abril. Nº 225. Ano XXIV. Setembro de 2009. Revista NOVA ESCOLA.
MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo, Ática, 2003.
Escola Nazaré – Educação Infantil e Ensino Fundamental
Turma: 3º ano
Período: 20/09 a 24/09/2010
Disciplina: Português
Tema: Fonologia
Subtema: Ortografia
Objetivos: Possibilitar aos alunos a compreensão de algumas regras ortográficas; levar o aluno a ter gosto pela leitura e interpretação de texto.
Conteúdos:
- Leitura e interpretação de texto
- Ortografia: verbos terminados em ão e am
- Ortografia: uso do E e I no fim de palavras pronunciadas com som de i
Procedimentos:
1º aula: Distribuir às crianças cópias do texto “A raposa e o macaco” e pedir para colarem no caderno. Fazer leitura do texto destacando palavras desconhecidas.
2º aula: Realizar a interpretação do texto no caderno. Em seguida fazer a correção coletiva, comentando as respostas dadas pelos alunos.
3º aula: Organizar os alunos em duplas. Cada dupla terá uma folha para fazer o ditado. Antes de iniciar a leitura da fábula “A lebre e a tartaruga”, comentar sobre o gênero, autor e o conteúdo a ser estudado. Fazer o ditado, depois colocar na lousa as frases que trazem as palavras terminadas em ão e am, explicando o uso de cada terminação.
Ao término da correção, solicitar aos alunos que formem frases com palavras que tenham as terminações ão e am.
4º aula: Explicar às crianças sobre uso de E e I no fim de palavras pronunciadas com som de /i/. Formando duplas, a professora deve escrever na lousa, as palavras terminadas em E e I para copiarem no caderno, em seguida farão uma tabela, separando-as em dois grupos, de acordo com a escrita, colocando o significado de cada palavra, por exemplo "qual a diferença entre os verbos ‘perde’ e ‘perdi’?".
5º aula: Com o auxílio de um cartaz, fazer uma tabela coletiva, dividindo as palavras em duas colunas conforme o que eles disserem - quando houver divergências, pedir para que explicitem seus raciocínios. Deixar o cartaz exposto em sala, para eventuais consultas.
Recursos: Folhas xerocopiadas, caderno, lápis, borracha, papel pardo e pincel atômico.
Avaliação: Analisar a participação, atenção e dificuldades dos alunos.
Disciplina: Matemática
Tema: Operações com Números Naturais
Subtema: Multiplicação e divisão
Objetivos: Resolver problemas de divisão com procedimentos numéricos; perceber a regularidade nas tabuadas do 2 , do 3 e do 4; relacionar a divisão com a multiplicação; resolver problemas de multiplicação que envolve relações de combinatória simples.
Conteúdos:
- Resolução de problemas de multiplicação
- Problemas de divisão
- Tabelas de multiplicação
- Combinatória
Procedimentos:
1º aula: Entregar para cada criança uma folha em branco para a resolução do problema de multiplicação. Assim que todos terminarem, fazer a correção, compartilhando e discutindo as possíveis respostas. Propor que anotem as respostas na sua folha. Pedir para que reformulem a questão, perguntando o que o enunciado deveria dizer na visão deles.
2º aula: Dando continuidade na mesma folha da aula um, pedir para que resolvam um problema de divisão. Em seguida corrigir oralmente utilizando estratégias gráficas (com desenhos) e numéricas. Produzir um cartaz, com os registros dos diferentes procedimentos utilizados pela turma.
3º aula: Distribuir tampinhas de refrigerantes para cada criança, a fim de resolverem os exercícios da lousa utilizando este material.
4º aula: Organizar a turma em grupos de quatro alunos e propor a construção de algumas tabelas de multiplicação. Colocar as tabelas em um cartaz e, junto com os alunos, preencher os resultados obtidos.
5º aula: Formar grupos de três alunos, para discutir as estratégias que irão utilizar, quanto ao seguinte problema: quantos sanduíches podem ter o cardápio de uma lanchonete se ela dispõe de 3 tipos de pão e 5 recheios? Depois de montar o menu inicial, lançar novos desafios: e se a lanchonete ganhar mais 1 opção de pão e 3 de recheio, quantos tipos de sanduíche podem ser feitos? Com o complemento de ingredientes, outras questões entram em jogo: é preciso somar os novos pães e recheios? Multiplicá-los? Refazer todo o cálculo? Registrar no papel as diferentes combinações.
Recursos: Folhas sulfite, lápis, borracha, papel pardo, pincel atômico e tampas de refrigerantes.
Avaliação: Analisar a participação do estudante tanto individualmente quanto em grupo, além de sua capacidade intelectual e dificuldades.
Disciplina: Geografia
Tema: Ambiente
Subtema: Energia Eólica
Objetivos: Identificar e analisar os processos produtivos e a importância da energia eólica no Brasil; mostrar na prática como acontece este processo de energia eólica.
Conteúdos:
- Cultura e ambiente
- Fontes de energia alternativas ou complementares
Procedimentos:
1º aula: Levar um texto contendo informações sobre a energia eólica. Fazer leitura coletiva, questionando sobre o assunto discutido.
2º aula: Confeccionar cata ventos de papel. Levar as crianças até o pátio da escola para verem o que acontece com o brinquedo.
Recursos: cópias do texto informativo, cartolina, papéis coloridos, palitos de espetinho de churrasco, tachinhas, régua, tesoura e cola.
Avaliação: Verificar a atenção, a aprendizagem e o entusiasmo dos alunos.
Disciplinas: História e Ciências
Tema: Ambiente
Subtema: Água e Energia
Objetivos: Identificar a produção de energia a partir de usinas hidrelétricas no Brasil; noções de economia.
Conteúdos:
- Educação Ambiental
- Matriz energética
- Geração de energia a partir de usinas hidrelétricas no Brasil.
Procedimentos:
1º aula: Levar um texto xerocopiado, contendo as informações sobre a relação água e energia. Distribuir o texto aos alunos para que façam leitura oral e fazer questionamentos sobre o assunto. Levar os alunos até a sala de vídeo para assistirem ao vídeo do funcionamento da Usina Hidroelétrica de Itaipu.
2º aula: Dividir a turma em grupos, pedir para que façam uma lista de aparelhos elétricos que tem em casa. A seguir fazer uma roda de conversa com os resultados obtidos, dando continuidade ao conteúdo.
3º aula: Levar para as crianças duas contas de energia elétrica, sendo uma com baixo consumo e outra com alto consumo para que tenham noção de como podem fazer economia da mesma e consequentemente, preservar o meio ambiente.
Recursos: texto xerocopiado, contas de energia, sala de vídeo e um filme sobre a Usina Hidroelétrica de Itaipú.
Avaliação: Observar a compreensão dos estudantes quanto à importância da economia de água e energia e dos conceitos estudados.