O Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA) é uma instituição pública, vinculada a Secretaria Municipal de Saúde. Reconhecido como Hospital Especializado em obstetrícia e amigo da criança, constitui-se também como uma Unidade auxiliar de ensino. O hospital é uma instituição nosólogica, isto é, que presta serviços e executa programas destinados á promoção da saúde da mãe e do filho. O objetivo institucional é o atendimento à população do município de Campina Grande - PB e regiões próximas, a partir de demandas espontâneas e referenciadas.
Portanto o presente projeto de intervenção pretende contribuir tanto no conhecimento quanto na prática, para o prosseguimento das atividades desenvolvidas pelo setor de Serviço Social e demais profissionais envolvidos na melhoria da qualidade deste atendimento.
Inicialmente as Atividades que foram desenvolvidas pelas estagiárias do Serviço Social junto à supervisora de Campo consistiam em: Leitura do Livro de Ocorrências de plantões anteriores; Cadastramento de acompanhantes, entrega de jaquetas; observação de entrega de declaração de paternidade e acompanhantes; observação de atestado de óbitos; observação de D.N.V (Declaração de Nascidos Vivos); observação de contatos para Conselho Tutelar para eventuais ocorrências.
A instituição possui alas especiais para gestantes de alto risco; onde também são realizadas: palestras sobre a importância da permanência das pacientes gestantes, sendo que as mesmas só estão ali porque necessitam de cuidados especiais. Bem como reforçar para acompanhantes que sua permanência ao lado da paciente é de extrema importância para eventuais ocorrências graves.
Para as mães após o nascimento do bebê são repassadas informações importantes como: registro de nascimento; teste do pezinho; teste do olhinho; teste da orelhinha; imunização; amamentação; atestado médico que fez o parto para dar entrada na licença-maternidade/paternidade; higienização geral.
O presente projeto de intervenção será desenvolvido pelas estagiárias de Serviço Social da UNITINS – Pólo Campina Grande/PB, no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida – ISEA, o qual está direcionado a Política Nacional de Humanização.
A instituição tem como objetivo contribuir na promoção do HUMANIZASUS. Entre as ações desta política está a visita aberta e o direito ao acompanhante. A sua execução se dará através de ações planejadas voltada aos acompanhantes e aos usuários dos referidos setores, no intuito de facilitar o acesso dos mesmos as informações imprescindíveis para a promoção, no tocante a Lei 11.108 de sete de abril de 2005, que assegura a parturiente o direito ao acompanhante.
Portanto, o referido projeto propõe um trabalho educativo que se fundamenta na perspectiva da Educação em Saúde, como instrumento promotor da saúde, o objetivo central é que o acompanhante deve ser orientado sobre os seus direitos e deveres como cidadão, pois o mesmo é representante da rede social da pessoa internada que a acompanha durante toda sua permanência nos ambientes de assistência à saúde.
Mas, antes de propor qualquer intervenção, o usuário acompanhante será entrevistado permitindo o estabelecimento de objetivos e metas a serem realizadas na instituição junto com o Serviço Social e atendendo assim a real necessidade do usuário e da instituição.
Observamos que os demandatários do ISEA demonstram certo desconhecimento em relação aos seus direitos no campo da saúde. Com isso, optamos por elaborar um projeto de intervenção, visando contribuir com as ações do Serviço Social na sua permanente busca por respostas críticas e criativas para o seu cotidiano, como também para o fortalecimento do sujeito, no sentido de ampliação do conhecimento em relação aos seus direitos de cidadania.
Para êxito da proposta de implementação da política de humanização no serviço, faz-se necessário, entre outras questões, o compromisso ético-político da equipe interdisciplinar com os usuários, visando à ampliação do processo de universalização do acesso à saúde e da participação popular na condução das políticas públicas preconizados pelo SUS.
? OBJETIVO GERAL
Socializar informações junto aos acompanhantes das pacientes quanto aos direitos e deveres de cidadania no âmbito do Sistema Único de Saúde- SUS.
? OBJETIVOS ESPECÍFICOS
? Traçar o perfil dos acompanhantes do ISEA;
? Melhoria de acomodações para os acompanhantes;
? Desenvolver atividades sócio-educativas com os acompanhantes sobre seus direitos e deveres (normas e rotinas);
? Fazer levantamento sobre o grau de satisfação ou insatisfação da higienização hospitalar e pessoal;
? Desenvolver um trabalho de humanização para os acompanhantes no tratamento aos pacientes, sem interferir nos procedimentos médicos;
? Contribuir para estimular a reflexão dos acompanhantes com relação ao papel da Assistente Social no campo da saúde pública.
Constituem público-alvo do presente projeto de intervenção os acompanhantes atendidos no ISEA, junto a equipe interdisciplinar.
METAS A ATINGIR? Contribuir 90% com o Serviço Social no esclarecimento dos usuários, sobre normas e rotinas.
METODOLOGIAOs instrumentais a serem utilizados para subsidiar essa intervenção serão levantamento bibliográfico e documental sobre a área de saúde.
Para a materialização das ações serão utilizadas: sala de pré-parto, enfermarias, alas de alto risco, entrevistas, pesquisa exploratória e orientações. Serão discutidos diferentes temáticas (como sugestões e entre outros) relacionado ao HUMANIZASUS Visita Aberta e Direito ao Acompanhante.
Com base na temática desenvolvida sobre o acompanhante as estagiárias curso de Serviço Social realizou um questionário semi-estruturado visando analisar as concepções dos usuários acerca dos seus direitos e deveres, bem como do atendimento prestado pela instituição Elpídio de Almeida(ISEA) para complementar, foi distribuído materiais informativos sobre algumas normas institucionais objetivando melhorias no funcionamento do serviço e a promoção da educação e saúde.
Serão realizadas entrevistas junto aos acompanhantes das parturientes internas no Instituto Elpídio de Almeida, a exemplo da entrevista, que tem a finalidade de traçar o perfil dos acompanhantes assistidos, como também verificar através deste estudo exploratório se os acompanhantes têm acesso às informações sobre os serviços desta instituição.
O procedimento que foi executado pelas estagiárias de Serviço Social foi às orientações sobre o direito do acompanhante do ISEA e a elaboração de um questionário semi-estruturado, que depois de pronto foi entregue a supervisora de campo onde a mesma verificou as perguntas que ali estavam em seguida a supervisora levou o questionário até a coordenadora de Serviço Social para pedir autorização da aplicação do questionário.
Em uma semana realizamos a aplicação dos questionários e orientações, onde obtivermos o resultado avaliativo do grau de insatisfação dos usuários, dos familiares e da rede social para com o hospital, bem como para o fortalecimento do protagonismo dos trabalhadores- guardiões desse processo.
Os dados da pesquisa serão coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas. Segundo Minayo (1996, p.108),
(...) A entrevista tomada no sentido amplo de comunicação verbal, e no sentido restrito de coleta de informações sobre determinado tema científico, é a técnica mais usada no processo de trabalho de campo.
A informação é um instrumento indispensável na prática profissional do assistente social, pois permite ao profissional socializar e democratizar conhecimentos e esclarecimentos aos seus usuários. Contribuindo para que os mesmos se coloquem de forma crítica frente ao cotidiano, participando da luta política pela defesa de seus direitos. Concordamos com Silva (2000, p. 11
A socialização das informações referentes aos direitos sociais é uma ação profissional que fortalece o usuário no acesso e no processo de mudança da realidade na qual se insere na direção da ampliação dos direitos e efetivação da cidadania.
Diante da aplicação do questionário semi-estruturado e a análise dos dados o grupo pretende contribuir com este projeto para o aperfeiçoamento das orientações voltadas para os acompanhantes no tocante aos seus direitos e deveres dentro da política de saúde para o fortalecimento do Humaniza/SUS na instituição, direcionada aos acompanhantes durante o parto e as visitas abertas.
Para tanto, pretendemos realizar atividades socioeducativas junto a este público.
Estas ações consistem em orientações reflexivas e socializações de informações realizadas por meio de abordagens individuais aos usuários, acompanhantes entre outros.
O seu enfoque abrange diversos aspectos informações e debates sobre rotinas e funcionamentos das unidades, tendo por objetivo a democratização da mesma e as necessárias modificações; análise dos determinantes sociais apresentadas pelos acompanhantes.
? A importância do acompanhante junto da paciente ou o porque da lei que regulamenta a visita aberta e o direito ao acompanhante;
? Medidas de segurança contra infecção hospitalar; (higienização)
? Medidas de segurança contra qualquer tipo de violência; (identificação do acompanhante)
? Medidas de segurança contra negligência no campo da saúde; (Procedimentos dos profissionais de saúde e setor para reclamações evitando interferir nas ações dos profissionais);
? Medidas de segurança a favor da saúde da parturiente e do recém nascido; (combate ao fumo no ambiente hospitalar)
? A importância do silêncio no ambiente hospitalar;
Esse processo deve priorizar a atenção coletiva em grupo o que possibilita a troca de experiência entre os sujeitos.
? HUMANOS
O projeto tem como objetivo dar oportunidade por meio da política do humaniza/SUS nas ações voltadas para á visita aberta e o direito ao acompanhante antes, durante e após o parto, na realização de ações conjuntas com outros profissionais da Instituição para cumprir com a proposta deste projeto de intervenção.
? MATERIAIS
Os materiais que foram utilizados para execução do projeto:
1. Equipamentos: maquina fotográfica; pen-drive;notebook e transporte)
2. Materiais de expediente ( canetas, cartolina, papel oficio, pastas e fitas adesivas);
3. Materiais educativos: ( cartazes; questionário; folder informativo; internet; pesquisas em textos e livros; Xerox).
PARCEIROS OU INSTITUIÇÃO APOIADORA
? Instituto de Saúde Elpídio de Almeida, ISEA.
? Coordenação da Instituição
? Serviço Social da Instituição
? Colaboradores (enfermeiros, psicólogos).
As atividades desenvolvidas em função do citado projeto envolverá as orientações e obter uma maior aproximação dos envolvidos com a questão em pauta, as quais serão planejadas a partir das demandas postas e de uma avaliação contínua. Nestas avaliações foi perceptível principalmente no Serviço Social e a Psicologia, visando o atendimento numa ação coletiva.
Através do levantamento feito após aplicação do questionário analisamos com clareza qual a maior dificuldade dentro da instituição e o grau de insatisfação que eles se encontram. Com essa problemática a instituição analisou o projeto e diante disto houve o envolvimento de toda equipe multidisciplinar.
Enfim, depois de concluir a análise institucional vimos que a maior insatisfação por parte dos acompanhantes era com relação às acomodações dos mesmos, pois as cadeiras a que eles ficam no período da internação não são confortáveis e com isso nosso projeto pretende junto a instituição melhorar as referidas acomodações.
A proposta de intervenção deverá ser executada no período de três meses, conforme o cronograma de atividades abaixo:
ATIVIDADES 2011
Elaboração do Projeto de Intervenção: Abril-Maio
Execução do Projeto de Intervenção: Junho
Avaliação e Controle: Março-Abril-Maio-Junho
Elaboração do Relatório Final: Junho
Entrega do Relatório Final: Junho
Na fase inicial do estágio fomos aproximando da rotina de trabalho dos profissionais, principalmente do Serviço Social, através do acompanhamento referente ao atendimento individual; às discussões de caso como de óbito, declaração de paternidade e acompanhante, os encaminhamentos a determinados serviços como acionamento o conselho tutelar.
No início do estágio as estagiárias do curso de Serviço Social da Unitins observaram o desenvolvimento da prática do Serviço Social da Instituição e também o conhecimento e programas e projetos existentes na instituição através do atendimento individual realizado na sala do Serviço Social.
Na segunda semana observamos como as assistentes sociais realizavam seu trabalho nas enfermarias e também fornecemos orientações referentes as refeições que a instituição oferece.
Na semana seguinte, foi realizada uma reunião com as supervisoras tanto de campo quanto acadêmicas, sendo exposto o relatório parcial e também discutido o tema que seria abordado no projeto de intervenção.
Na quarta semana foi feita a ação dos questionários semi-estruturados, cujo público a ser aplicado foi aos acompanhantes ali existentes.
Na semana final entrega e apresentação do projeto de intervenção e relatório final.
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HUMANIZASUS: visita aberta e direito a acompanhante. ISBN: 978-85-334-1339-9.
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL. Grupo de trabalho “Serviço Social na Saúde”. Parâmetros para a atuação de assistentes sociais na saúde. Brasília, março de 2009.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec/ABRASCO, 1992.
MOTA, ANA E [ET al.]. Serviço Social e Saúde Formação e Trabalho Profissional, orgs: Maria Inês de Souza Bravo e entre outros. 4 a. ed.São Paulo: Cortez; Brasília
SILVA, M. L. L. Um novo fazer profissional. In: Capacitação em Serviço Social e Política Social. Brasília: CFESS. ABEPSS – CEAD/NED – UnB, 2000.